segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Diário de uma ex-obreira capitulo 29

O Flávio foi embora pra cidade dele, perdemos o contato um com o outro. Tentei ligar diversar vezes pra ele, mas o telefone só dava desligado, ele provavelmente trocou de número. Pensei em ir atras dele, mas me dei conta que não sabia muito sobre ele, não sabia o endereço dos pais deles, nem nenhum outra informação que pudesse me levar a ele, o obreiro Paulo até tentou me ajudar, já que o Flavio morou um tempo na casa dele, mas foi inútil, o Flávio estava incomunicável. Antes de ir embora ele me disse que faria isso, disse que estaria sempre de olho em mim, cuidado de mim de longe, mas sumiria a meus olhos, não deixaria rastro para eu não ir atras dele. Me disse que ele não fazia bem pra mim, que o melhor era sumir. E foi o que ele fez.

 Isso foi o inicio de uma depressão profunda. Eu estava realmente muito apegada a ele, e a falta dele me fez tão mau quanto a presença. Na verdade o problema não era ele, era eu, portanto eu ficaria mau de qualquer forma.  E me desestruturei completamente quando ele se foi. Ficou um vazio muito grande que eu precisava preencher, mas não sabia como. Na verdade sabia que só Deus poderia preencher, mas achava inútil tentar, Ele não me escutaria, eu não era digna da presença de Deus. Eu comecei a desanimar de vez de ir na igreja. Então procurava outras formas pra preencher aquele vazio, pra fugir daquela depressão. Estava realmente muito frágil, e carente.

Nesse período me aproximei muito do obreiro Paulo, ele estava me ajudando a superar aquela situação. Ele sempre foi um grande amigo, mas estava mais próximo do que nunca, me ligava todas as noites pra saber como eu estava, e as vezes eu chorava com ele no telefone, e ele sempre dizia, "Calma, esse sentimento ruim logo passará". De alguma forma estas palavras me ajudavam. Ele me orientava também quanto as coisas de Deus, pois eu mau estava indo na igreja, e ele como obreiro e meu amigo se sentia na obrigação de me ajudar. Por diversas vezes eu tive vontade de me entregar ao pecado, ao mundo, de parar de vez de ir na igreja, e tentar preencher aquele vazio assim como o resto das pessoas que não conhecem a Deus, no mundo. Mas o Paulo Não deixava, estava o tempo todo do meu lado, me exortando, me dando uma palavra de fé, me fazendo ter forças para lutar mais um pouco, e mais um pouco.

CONTINUA

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