segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Diário de uma ex-obreira - Capitulo 34


Liguei pro Paulo e o convidei para irmos ao cinema, tinha acabado de entrar em cartaz um filme de super herói que estávamos esperando a estreia a meses, era a continuação de um dos nossos filmes favoritos. O Paulo me pegou na porta de casa, ele tinha um astra prata com rodas cromadas bastante estiloso, vestia calça jeans e jaqueta de couro, cabelo com gel penteado pra trás, e eu pude sentir o perfume dele assim que me aproximei. Naquele dia também resolvi caprichar no visual, queria esquecer de vez o Flávio. Prendi o cabelo com um laço de fita, coloquei um vestido rodado com cintura marcada bem feminino, passei um batom rosa e um blush coral, e um perfume com essências florais e cítricas. Ainda não tinha escurecido, era domingo e pegaríamos a sessão das seis. Os ingressos foram comprados com antecedência, e enquanto fui ao banheiro retocar a maquiagem o Paulo foi pegar  pipoca, refrigerante e chocolate. Ele sempre foi muito detalhista e nunca esquecia dos detalhes, sabia que eu gostava de sentar na ultima fileira de bancos e comia chocolate sempre após a pipoca. Já tínhamos ido ao cinema outras vezes, só que em grupo, com outros amigos, e dessa vez seria só nos dois.

O filme foi perfeito, saímos da sessão rindo e discutindo sobre como a mocinha sempre se coloca em apuros, e arrisca a vida do herói. Apesar de estarmos nos dando muito bem, o Paulo nunca esboçou nenhum sentimento por mim, e nem nunca demonstrou nenhum interesse que não fosse de amizade. Era sempre muito respeitador, educado, e me ajudou muito espiritualmente dês que o Flávio me deixou. Então achei que era a hora de tomar a iniciativa e saber se ele sentia algo por mim.

No estacionamento do shopping, antes de entrarmos no carro, me aproximei dele, perto o suficiente para ele conseguir me ouvir, mesmo eu sussurrando, mas ele deu um passo para trás. Me aproximei mais uma vez, dessa vez dizia para ele o quanto ele tem sido importante nos últimos meses e o abracei, ele de desvincilhou do abraço rapidamente, colocou a mão na maçaneta da porta do carro e disse, "vamos logo Drika, já esta ficando tarde." . Eu insisti mais uma vez, estava determinada a beija-lo, um beijo em alguém que não fosse o Flávio seria um ponto final de vez na minha história com ele.  Me aproximei vagarosamente, coloquei minha mão sobre sua nuca, olhei fixamente em seus olhos, ele parecia nervoso, parecia não estar preparado para minhas investidas, como se não esperasse por isso. Mas eu chegava cada vez mais perto dele.

CONTINUA...

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