terça-feira, 4 de novembro de 2014

Diário de uma ex-obreira - Capitulo 35


Quando eu estava prestes a beija-lo, o paulo me empurrou, dessa vez com um pouco mais de rispidez.

- Drika, você esta confundindo as coisas, não vejo você dessa forma, não poderia ficar com você nem se eu quisesse, tenho princípios, por favor, não tente isso de novo.
- O que você quis dizer com 'nem se eu quisesse" ?
- Nada Drika, vamos embora.

Entrei no carro e ele me levou em casa, não trocamos um palavra se quer no caminho, apenas olhares disfarçado. Mas minha cabeça latejava, eu não conseguia entender o por que eu estava sendo rejeitada, as palavras do Paulo não faziam o menor sentido. Depois disso nossa amizade esfriou bastante, ele me evitava, apesar de vez ou outra me ligar pra saber como estou, nossa amizade se tornou fria, parecia que ele tinha medo de alguma coisa. A questão é que agora estava definitivamente sozinha. Meu pai sempre foi muito ausente, nunca conversávamos, minha mãe e meu irmão me deixou a anos, meus amigos me viraram as costas aos poucos, primeiro a Mariana, depois a gabi, e todos os outros, o paulo era o ultimo amigo que tinha me restado. E o Flávio? Bom, este foi embora sem nem olhar para tras, deixando promessas que não foram cumpridas, sonhos que não foram realizado.

Apesar de todos na minha igreja me olharem torto, eu decidi que continuaria firme, não estava ali por nenhum deles, e sim por Deus. Eu achei que agora eu iria me desmoronar, que iria deixar Deus de vez, me entregar a depressão e ao mundo, mas algo não me deixou entregar os pontos. Dessa vez não era o Flávio que insistia para eu não desistir, nem o Paulo que cuidava para eu continuar firme. Dessa vez eu não tinha ninguém pra me dizer que eu devia orar, jejuar ou me entregar a Deus, mas começava a nascer dentro de mim uma dependência em Deus, uma vontade unica de buscar, de mudar, de voltar para Deus. Eu não sabia de onde estava vindo esta força, pois tinha todos os motivos para desistir, e dessa vez não teria ninguém para me impedir. Mas o meu desejo era de continuar, de vencer, de provar para mim mesmo que eu poderia vencer.

CONTINUA...
   

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